Encontrei
um local onde
podia ficar:
uma pequena
choupana perto
do rio; e,
passado algum
tempo, ofereceram-me
uma palhoça
maior. Dois
meses mais tarde,
o Padre Reitor
enviou o Padre
Diogo de
Boroa. Este
chegou
finalmente na
segunda-feira de
Pentecostes.
Com muita
consolação
considerávamos
como o amor de
Deus nos
juntava naquelas
terras tão
longínquas.
Dividimos
entre nós o
limitado
espaço da
nossa morada,
com um
tabique feito
de canas. Ao
lado tínhamos
uma capela,
pouco maior
que o próprio
altar em que
celebrávamos a
Missa. Por
eficácia deste
supremo e
divino
sacrifício, em
que Cristo se ofereceu
ao Pai na
Cruz, começou
ele a triunfar
ali, pois os
demônios que
antes
costumavam aparecer
a estes índios
não se
atreveram a
aparecer mais,
como
testemunhou
algum deles. Resolvemos
continuar na
mesma palhoça,
embora tudo
nos faltasse...
Prosseguindo
as coisas
deste modo, e
temendo os
demônios que,
se a Companhia
de Jesus entrasse
nestas
regiões, eles
perderiam em
breve o que
por tanto
tempo tinham
possuído, começaram
a espalhar por
todo o Paraná
que nós éramos
espiões e
falsos
sacerdotes, e
que trazíamos
a morte em
nossos livros
e imagens.
Divulgou-se
isto a tal
ponto que,
estando o
Padre Boroa
a explicar aos
índios os
mistérios da
nossa fé, eles
temiam
aproximar-se
das sagradas imagens,
com receio de
algum contágio
mortífero. Mas
estas idéias
foram-se
desfazendo
pouco a
pouco,
sobretudo
quando viram
com os
próprios olhos
que os nossos
eram para eles
como verdadeiros
pais,
dando-lhes de
bom grado
quanto tinham
em casa e
assistindo-os
nos seus trabalhos
e
enfermidades,de
dia e de
noite,
auxiliando-os
não só em
proveito das
suas almas, o que
é certamente
mais
importante,
mas também dos
seus corpos.
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