Não é
sem razão que,
entre tantas
agitações do
mundo, a
Igreja do
Senhor,
edificada
sobre a pedra
apostólica,
permanece
firme e,
contra o
ímpeto das
águas te
apóias sobre
inabalável
fundamento. É
batida pelas
ondas, mas não
abalada; e
embora muitas
vezes os
elementos
deste mundo a
sacudam com
grande fragor,
ela oferece
aos navegantes
cansados o
mais seguro
porto de
salvação. Ela
flutua no mar,
mas também
corre pelos
rios,
sobretudo
aqueles rios
dos quais se
diz:
Levantaram os
rios a sua voz
(Sl 92,3). São
os rios que
brotam do
coração
daqueles que
beberam da
água de Cristo
e receberam o
Espírito de
Deus. Quando
transbordaram
de graça
espiritual,
esses rios
levantam a sua
voz.
Há
também um rio
que corre para
os seus santos
como uma
torrente.
Existe ainda o
ímpeto do
rio que alegra
a alma
tranqüila e
pacífica. Quem
receber da
plenitude
desse rio,
como João Evangelista,
Pedro e Paulo,
levanta a sua
voz. É do
mesmo modo que
os apóstolos
difundiram Até
os confins da
terra, como
num canto
harmonioso, a
voz da
pregação
evangélica,
assim o que receber
da plenitude
desse rio
começa
anunciar o
Evangelho do
Senhor Jesus.
Recebe,
portanto, da
plenitude de
Cristo para
que tua voz
também se
manifeste.
Apanha a
água de
Cristo, essa
água que louva
o Senhor.
Apanha de
muitos lugares
a água que as nuvens
dos profetas
deixam cair.
Quem
apanha a água
dos montes ou
a retira e
bebe das
fontes, também
começa a
orvalhar como
as nuvens.
Enche, pois, o
íntimo do teu
espírito com
esta água,
para que a
terra da tua alma
seja regada e
tenhas a fonte
em tua própria
casa.
Das
cartas de
Santo
Ambrósio,
bispo
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