Quando
as cruzes
foram
levantadas,
foi coisa
admirável ver
a constância
de todos, à qual
eram exortados
pelo Padre
Passos e pelo
Padre
Rodrigues. O
Padre
Comissário permaneceu
sempre de pé,
sem se mexer e
com os olhos
fixos no céu.
O Irmão Martinho
cantava salmos
de ação de
graças à
bondade
divina, aos
quais acrescentava
o versículo:
Em vossas
mãos, Senhor
(Sl 30,6).
Também o Irmão
Francisco
Blanco dava graças
a Deus com voz
clara. O Irmão
Gonçalo
recitava em
voz alta o
Pai-nosso e a
Ave-Maria.
O nosso
Irmão Paulo
Miki, vendo-se
colocado
diante de
todos no mais
honroso
púlpito que
nunca tivera,
começou por
declarar aos
presentes que
era japonês e
pertencia à Companhia
de Jesus, que
ia morrer por
haver
anunciado o
Evangelho e
que dava
graças a
Deus por lhe
conceder tão
imenso
benefício. E
por fim disse
estas
palavras:
“Agora que
cheguei a este
momento de
minha vida,
nenhum de vós
duvidará que
eu queira esconder
a verdade.
Declaro-vos,
portanto, que
não há outro caminho
para a
salvação fora
daquele
seguido pelos
cristãos. E
como este
caminho me
ensina a
perdoar os inimigos
e os que me
ofenderam, de
todo o coração
perdôo o
Imperador e os responsáveis
pela minha
morte, e lhes
peço que
recebam o
batismo
cristão."
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário