O
amor basta-se
a si mesmo, em
si e por sua
causa encontra
satisfação. É
seu mérito,
seu próprio
prêmio. Além
de si mesmo, o
amor não exige
motivo nem
fruto. Seu
fruto é o
próprio ato de
amar. Amo
porque amo,
amo para amar.
Grande coisa é
o amor,
contanto que
vá a seu
princípio,
volte à sua
origem,
mergulhe em
sua fonte,
sempre beba
donde corre
sem cessar. De
todos os
movimentos da
alma, sentidos
e afeições, o
amor é o único
com que pode a
criatura,
embora não
condignamente,
responder ao
Criador e, por
sua vez,
dar-lhe outro
tanto. Pois
quando Deus
ama não quer
outra coisa
senão ser
amado, já que
ama para ser
amado; porque
bem sabe que
serão felizes
pelo amor
aqueles que o
amarem.
O amor do
Esposo, ou
melhor, o
Esposo-Amor
somente
procura a
resposta do
amor e a
fidelidade...
É justo
que,
renunciando a
todos os
outros
sentimentos,
única e
totalmente se
entregue ao
amor, aquela
que há de
corresponder a
ele, pagando
amor com
amor...
Mesmo
amando menos,
por ser menor,
se a criatura
amar com tudo
o que é,
haverá de dar
tudo. Por esta
razão, amar
assim é
unir-se em
matrimônio,
porque não
pode amar
deste modo e
ser menos
amada, de
sorte que no
consenso dos
dois haja
íntegro e
perfeito
casamento. A
não ser que
alguém duvide
ser amado
primeiro e
muito mais
pelo Verbo.
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