Quanto 
            nos amaste, Pai bom, que não poupaste teu Filho único, mas por nós, 
            ímpios, o entregaste! Como nos amaste, quando por nós ele não julgou 
            rapina ser igual a ti, fez-se obediente até à morte da cruz, ele, o 
            único livre entre os mortos, com poder de entregar sua vida e o 
            poder de retomá-la! Tudo ele fez por nós, diante de ti vitorioso e 
            vítima, vitorioso porque vítima. Por nós, diante de ti sacerdote e 
            sacrifício, sacerdote porque sacrifício. Fazendo de nós, servos, 
            filhos para ti, nascendo de ti, a nós 
            servindo.
    Com muita razão minha grande 
            esperança está nele, porque curarás todas as minhas fraquezas, por 
            aquele que se assenta à tua direita e intercede por nós. De outro 
            modo, desesperaria. Pois são muitas e grandes estas minhas 
            fraquezas. São muitas e enormes. Porém muito maior é teu remédio. 
            Teríamos podido pensar que teu Verbo estava longe de unir-se aos 
            homens e entregarmo-nos ao desespero, se ele não se tivesse feito 
            carne e habitado entre nós. Apavorado com meus pecados e com o peso 
            de minha miséria, eu revolvia no espírito e pensava em fugir para o 
            deserto. Mas me impediste e me fortaleceste dizendo-me: Para isto 
            Cristo morreu por todos, para que os que vivem não mais vivam para 
            si, mas para aquele que por eles 
            morreu.
            
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