Bem-aventurados 
            os misericordiosos porque alcançarão misericórdia. É suave a palavra 
            misericórdia, meus irmãos. E se a palavra assim é, o que não será a 
            realidade? Apesar de todos a desejarem, não agem de modo a merecer 
            recebê-la, o que é mau. De fato, todos querem receber a 
            misericórdia, mas poucos querem 
            dá-la.
            
    Ó 
            homem, com que coragem queres pedir aquilo que finges dar! Deve, 
            portanto, conceder misericórdia a quina terra quem espera recebê-la 
            no céu. Por isto, irmãos caríssimos, já que todos queremos 
            misericórdia, tenhamo-la por padroeira neste mundo, para que nos 
            liberte no futuro. Há no céu uma misericórdia a que se chega pelas 
            misericórdias terenas.
    Há, 
            então, a misericórdia terena e a celeste, a humana e a divina. Qual 
            é a misericórdia humana? Aquela, é claro, que te faz olhar para as 
            misérias dos pobres. E a misericórdia celeste? Certamente a que 
            concede o perdão dos pecados... 
    Que 
            espécie de gente somos nós que, quando Deus dá, queremos receber, 
            quando ele pede, nós nos recusamos a 
            dar?
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