Ainda há tantos
pobres no mundo! E tanto
sofrimento passam estas
pessoas! A exemplo de
Francisco de Assis, a
Igreja tem procurado,
sempre e em todos os
cantos da terra, cuidar
e defender quem passa indigência
e penso que podereis
constatar, em muitos dos
vossos países, a obra
generosa dos cristãos
que se empenham na ajuda
aos doentes, aos órfãos,
aos sem-abrigo e a
quantos são
marginalizados, e deste
modo trabalham para
construir sociedades
mais humanas e mais
justas.
Mas
há ainda outra pobreza:
é a pobreza espiritual
dos nossos dias, que
afeta gravemente também
os países considerados
mais ricos. É aquilo que
o meu Predecessor, o
amado e venerado Bento
XVI, chama a «ditadura
do relativismo», que
deixa cada um como
medida de si mesmo,
colocando em perigo a
convivência entre os
homens. E assim chego à
segunda razão do meu
nome. Francisco de Assis
diz-nos: trabalhai por
edificar a paz. Mas, sem
a verdade, não há
verdadeira paz. Não pode
haver verdadeira paz, se
cada um é a medida de si
mesmo, se cada um pode
reivindicar sempre e só
os direitos próprios,
sem se importar ao mesmo
tempo do bem dos outros,
do bem de todos, a
começar da natureza
comum a todos os seres
humanos nesta terra.
Um
dos títulos do Bispo de
Roma é Pontífice, isto
é, aquele que constrói
pontes, com Deus e entre
os homens...
Com efeito, não se
podem construir pontes
entre os homens,
esquecendo Deus; e
vice-versa: não se podem
viver verdadeiras
ligações com Deus,
ignorando os outros.
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