Ó
eterna verdade
e verdadeira
caridade e
cara
eternidade! Tu
és o meu Deus,
por ti suspiro
dia e noite.
Desde que te
conheci, tu me
elevaste para
ver que quem
eu via, era, e
eu, que via,
ainda não era.
E reverberaste
sobre a
mesquinhez de
minha pessoa,
irradiando
sobre mim com
toda a força.
E eu tremia de
amor e de
horror. Vi-me
longe de ti,
no país da
dessemelhança,
como que
ouvindo tua
voz lá do
alto: “Eu sou
o alimento dos
grandes.
Cresce e me
comerás. Não
me mudarás em
ti como o
alimento de
teu corpo, mas
tu te mudarás
em mim”.
E eu
procurava o
meio de obter
forças, para
tornar-me
idôneo a te
degustar e não
o encontrava
até que
abracei o
mediador entre
Deus e os
homens, o
homem Cristo
Jesus (1Tm
2,5), que é
Deus acima de
tudo, bendito
pelos séculos
(Rm 9,5). Ele
me chamava e
dizia: Eu sou
o caminho, a
verdade e a
vida (Jo
14,6). E o
alimento que
eu não era
capaz de tomar
se uniu à
minha carne,
pois o Verbo
se fez carne
(Jo 1,14),
para dar à
nossa infância
o leite de tua
sabedoria,
pela qual tudo
criaste.
Tarde te
amei, ó beleza
tão antiga e
tão nova,
tarde te amei!
Eis que
estavas dentro
e eu, fora. E
aí te
procurava e
lançava-me
nada belo ante
a beleza que
tu criaste.
Estavas comigo
e eu não
contigo.
Seguravam-me
longe de ti as
coisas que não
existiriam, se
não existissem
em ti.
Chamaste,
clamaste e
rompeste minha
surdez,
brilhaste,
resplandeceste
e afugentaste
minha
cegueira.
Exalaste
perfume e
respirei.
Agora anelo
por ti.
Provei-te, e
tenho fome e
sede.
Tocaste-me e
ardi por tua
paz.
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