Há
um tempo de dar à luz e um
tempo de morrer. Oxalá que
a mim também suceda nascer
em tempo desejado e morrer
também em tempo oportuno.
Ninguém irá pensar que o
Eclesiastes se refere ao
nascimento involuntário e
à morte natural, como se
nisso houvesse uma reta
ação virtuosa. Não é pela
vontade da mulher que
existe o parto, nem a
morte depende do
livre-arbítrio dos que
morrem. Nunca se definirá
como virtude ou vício
aquilo que não está em
nosso poder. É preciso,
portanto, compreender o
parto num tempo querido e
a morte num tempo
oportuno. Quanto a mim,
parece-me que um parto é
perfeito e não abortivo
quando, no dizer de
Isaías, alguém concebe
pelo temor de Deus e pela
alma em dores de parto
gera sua salvação. Pois
somos, de certo modo, pais
de nós mesmos, nos
concebemos e nos damos à
luz a nós mesmos.
Assim nos acontece, porque acolhemos Deus em nós, feitos filhos de Deus, filhos da virtude, filhos do Altíssimo. Mas também nos damos à luz como abortivos e nos tornamos imperfeitos e imaturos, quando não se formou em nós, segundo diz o Apóstolo, a forma de Cristo. É preciso ser íntegro e perfeito o homem de Deus.
Se, pois, está claro como se nasce em tempo, também é claro para todos de que maneira se morre em tempo; para São Paulo, todo tempo era oportuno para uma boa morte. Em seus escritos declara, quase como um protesto: Morro todos os dias para vossa glorificação, e ainda: Por ti somos entregues à morte cotidianamente. E nós também tivemos uma sentença de morte dentro de nós mesmos.
Não é difícil entender de que maneira Paulo morre diariamente, ele que nunca vive para o pecado, que sempre faz morrer seus membros carnais e traz em si a morte do corpo de Cristo, que sempre está crucificado com Cristo e nunca vive para si mas em si tem o Cristo vivo. Esta é, parece-me, a morte oportuna, aquela que obtém a verdadeira vida.
Assim nos acontece, porque acolhemos Deus em nós, feitos filhos de Deus, filhos da virtude, filhos do Altíssimo. Mas também nos damos à luz como abortivos e nos tornamos imperfeitos e imaturos, quando não se formou em nós, segundo diz o Apóstolo, a forma de Cristo. É preciso ser íntegro e perfeito o homem de Deus.
Se, pois, está claro como se nasce em tempo, também é claro para todos de que maneira se morre em tempo; para São Paulo, todo tempo era oportuno para uma boa morte. Em seus escritos declara, quase como um protesto: Morro todos os dias para vossa glorificação, e ainda: Por ti somos entregues à morte cotidianamente. E nós também tivemos uma sentença de morte dentro de nós mesmos.
Não é difícil entender de que maneira Paulo morre diariamente, ele que nunca vive para o pecado, que sempre faz morrer seus membros carnais e traz em si a morte do corpo de Cristo, que sempre está crucificado com Cristo e nunca vive para si mas em si tem o Cristo vivo. Esta é, parece-me, a morte oportuna, aquela que obtém a verdadeira vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário