Domingos
possuía tão grande nobreza de comportamento, e o ímpeto do divino
fervor tanto o arrebatava que, sem dificuldade, era reconhecido como
vaso de honra e de graça. Possuía serenidade de espírito
extremamente constante,a não ser que a compaixão e a misericórdia a
turbassem; e visto que o coração jubiloso alegra o semblante,
revelava exteriormente a placidez do homem interior pela benignidade
visível e alegria do rosto.
Em toda parte,
mostrava-se homem evangélico por palavras e atos. Durante o dia, com
os irmãos e companheiros, ninguém mais simples, ninguém mais
agradável. À noite, ninguém mais vigilante, nem mais insistente de
todos os modos na oração. Falava raramente; vivia com Deus na
oração, e sobre isto exortava seus
irmãos...
Exortava
constantemente por palavras e por escrito os irmãos desta Ordem a
que sempre se aplicassem ao Novo e ao Antigo Testamento. Trazia
sempre consigo o evangelho de Mateus e as epístolas de São Paulo;
lia-os tanto, a ponto de sabê-los quase de
cor.
Por duas ou três vezes, eleito
bispo, recusou sempre, preferindo viver na pobreza com os irmãos a
possuir um episcopado. Guardou ilibada até o fim a limpidez de sua
virgindade. Desejava ser flagelado, ser cortado em pedaços e morrer
pela fé cristã. Dele afirmou Gregório IX: Conheci um homem, que
seguiu em tudo o modo de vida dos apóstolos; não há dúvida de que
esteja unido nos céus à glória dos mesmos
apóstolos.
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