Somos
ovelhas de Deus, porque ele é o Senhor nosso Deus, que nos fez. Ele
é o nosso Deus, nós somos o povo de suas pastagens e as ovelhas de
suas mãos. Não foram os pastores que fizeram suas ovelhas, não foram
eles que criaram os animais que levam a pastar. Mas o Senhor, nosso
Deus, por ser Deus e criador, foi ele mesmo que fez para si as
ovelhas que possui e que apascenta. Não foi um a criar aquelas que
ele apascenta, nem outro a apascentar as que
criou!...
Ouçamos
então, irmãos, a razão pela qual o Senhor castiga as ovelhas más e o
que promete às suas. E vós, assim diz, sois minhas
ovelhas. Antes do mais, que felicidade ser do rebanho de Deus,
tão grande que se alguém nela pensar, irmãos, até mesmo nas lágrimas
e nas tribulações de agora, lhe vem imensa alegria. De quem foi
dito: Que apascentas Israel, é aquele mesmo de quem se
diz: Não cochilará nem há de dormir quem guarda Israel. Por
conseguinte, ele vigia sobre nós acordados, vigia sobre nós
adormecidos. Se, pois, o rebanho de um homem se sente seguro pelo
pastor homem, que segurança não deve ser a nossa por ser Deus mesmo
que nos apascenta, e não apenas porque nos alimenta, mas também
porque nos fez?...
Assim diz o Senhor Deus:
eis que distingo entre ovelha e ovelha, entre bodes e
cabritos. Que fazem aqui no rebanho de Deus os cabritos? Nas
mesmas pastagens, nas mesmas fontes e, no entanto, cabritos
destinados à esquerda se misturam aos da direita. São tolerados
antes de ser separados. Provam a paciência das ovelhas à semelhança
da paciência de Deus. Ele fará, sim, a separação, uns à esquerda,
outros à direita.
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