Meus caríssimos irmãos e amigos, considerai como Deus no
princípio dos tempos dispôs os céus, a terra e todas as coisas;
meditai também com que especial intenção criou o ser humano à sua
imagem e semelhança.
Se, pois, nesta vida de
perigos e miséria, não reconhecermos o Criador, de nada nos servirá
termos nascido e continuar vivendo. Já neste mundo pela graça
divina, pela mesma graça recebemos o batismo, entrando no seio da
Igreja e tornando-nos discípulos do Senhor. Mas, trazendo assim o
precioso nome de cristãos, de que nos servirá tão grande nome, se na
realidade não o formos? Seria inútil termos nascido e ingressado na
Igreja se traíssemos o Senhor e a sua graça; melhor seria não termos
nascido do que, recebendo a sua graça, pecarmos contra
ele...
Também nesta nossa terra da Coréia, durante os cinqüenta ou sessenta
anos em que a santa Igreja se estabeleceu aqui, os fiéis sempre
sofreram perseguições. Hoje acendeu-se de novo a perseguição; muitos
amigos são, como eu, lançados nos cárceres, enquanto também sofreis
tribulações. Unidos num só corpo, como não ficarão tristes os nossos
corações? Como, humanamente, não experimentarmos a dor da
separação?
Deus, porém, como diz a Escritura,
cuida de cada cabelo de nossa cabeça, e o faz com toda a sabedoria;
portanto, como não considerar esta perseguição senão como permitida
pelo Senhor, ou mesmo, seu prêmio ou, até, sua
pena?
Abraçai, pois, a vontade de Deus,
combatendo de todo o coração pelo vosso chefe Jesus e vencendo o
demônio, já vencido por ele.
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