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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Louis Evely - Deus é Amor


"Conhecemos o Amor. E cremos nEle". (I Jo 3, 16) Sem dúvida, direis. Como não creria no Amor quem O conheceu? Como teria podido não reconhecê-lO aquele a quem o Amor foi manifestado? E amá-lO! E aderir a Ele com entusiasmo! E entrar, cheio de alegria, em todas as Suas intenções, em todos os Seus desejos, em todas as Suas preocupações...

    Tendes certeza disso? O que se passa em vós quando pensais... na parábola dos operários da undécima hora, por exemplo? Senti-vos feliz com essa surpreendente justiça? Enternecido? Dilatado? E o filho pródigo? Nunca pensastes que ele só voltou quando teve fome? E que era bem cômodo? E que durante aquele tempo o pobre filho mais velho podia esfalfar-se em cuidar do vitelo gordo que seria servido quente a seu irmão libertino apenas se dignasse lembrar que tinha uma família? E a roupa nova, o banquete, e a festa... Nunca achastes que o pai exagerava um pouco nessa história? Em todo caso, o filho mais velho, que era um tipo sério, um trabalhador, um bom cristão... não a digeriu. Conheceu o Amor. E ficou... furioso.

    Jean Anouilh, numa de suas peças, descreve a idéia que faz do juízo universal: os justos estão à porta do paraíso, em massa compacta, com pressa de entrar, certos de seus lugares reservados, ansiosos, vibrantes de impaciência. Quando de repente se espalha uma notícia: "Parece que Ele perdoa também aos outros!" Há então um momento de pasmo. Entreolham-se, não cabem em si de surpresa, exclamam, protestam. Estão indignados. "Nada valia a pena..." "Se eu tivesse sabido..." Sua bílis esquenta-se. Explodem em imprecações contra Deus... e são condenados no mesmo instante.

    O julgamento foi realizado: eles se julgaram e se excomungaram. O Amor manifestou-Se e recusaram conhecê-lO. "Não conheço este homem", recuso-me a conhecer esse céu onde se entra como num moinho, rejeito esse Deus que perdoa todo mundo, não amo esse Deus que ama tão loucamente. Porque não amavam o Amor, não O reconheceram.

    O amor faz coisas assim. São justamente surpresas assim que devemos esperar de Deus.

    Deus quer que aprendamos a reconhecê-lO por Sua maneira de amar.

    Amamos o Amor? Amamos o modo de amar do Amor? Cremos que só Ele sabe amar e só Ele pode ensinar-nos a amar?


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