"Conhecemos
o Amor. E
cremos nEle".
(I Jo 3, 16) Sem
dúvida,
direis. Como
não creria no
Amor quem O
conheceu? Como
teria podido
não
reconhecê-lO
aquele a quem
o Amor foi
manifestado? E
amá-lO! E
aderir a Ele
com
entusiasmo! E
entrar, cheio
de alegria, em
todas as Suas
intenções, em
todos os Seus
desejos, em
todas as Suas
preocupações...
Tendes
certeza disso?
O que se passa
em vós quando
pensais... na
parábola dos
operários da
undécima hora,
por exemplo?
Senti-vos
feliz com essa
surpreendente
justiça?
Enternecido?
Dilatado? E o
filho pródigo?
Nunca
pensastes que
ele só voltou
quando teve
fome? E que
era bem
cômodo? E que
durante aquele
tempo o pobre
filho mais
velho podia
esfalfar-se em
cuidar do
vitelo gordo
que seria
servido quente
a seu irmão
libertino
apenas se
dignasse
lembrar que
tinha uma
família? E a
roupa nova, o
banquete, e a
festa... Nunca
achastes que o
pai exagerava
um pouco nessa
história? Em
todo caso, o
filho mais
velho, que era
um tipo sério,
um
trabalhador,
um bom
cristão... não
a digeriu.
Conheceu o
Amor. E
ficou...
furioso.
Jean
Anouilh, numa
de suas peças,
descreve a
idéia que faz
do juízo
universal: os
justos estão à
porta do
paraíso, em
massa
compacta, com
pressa de
entrar, certos
de seus
lugares
reservados,
ansiosos,
vibrantes de
impaciência.
Quando de
repente se
espalha uma
notícia:
"Parece que
Ele perdoa
também aos
outros!" Há
então um
momento de
pasmo.
Entreolham-se,
não cabem em
si de
surpresa,
exclamam,
protestam.
Estão
indignados.
"Nada valia a
pena..." "Se
eu tivesse
sabido..." Sua
bílis
esquenta-se.
Explodem em
imprecações
contra Deus...
e são
condenados no
mesmo
instante.
O
julgamento foi
realizado:
eles se
julgaram e se
excomungaram.
O Amor
manifestou-Se
e recusaram
conhecê-lO.
"Não conheço
este homem",
recuso-me a
conhecer esse
céu onde se
entra como num
moinho,
rejeito esse
Deus que
perdoa todo
mundo, não amo
esse Deus que
ama tão
loucamente.
Porque não
amavam o Amor,
não O
reconheceram.
O amor
faz coisas
assim. São
justamente
surpresas
assim que
devemos
esperar de
Deus.
Deus
quer que
aprendamos a
reconhecê-lO
por Sua
maneira de
amar.
Amamos
o Amor? Amamos
o modo de amar
do Amor?
Cremos que só
Ele sabe amar
e só Ele pode
ensinar-nos a
amar?
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