De que te arrependes, santa alma do Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
- Arrependo-me do mal cometido.
Outrora parecia-me ele tão sem importância e tão agradável! E por isso eu sufocava os remorsos em meio dos prazeres... Hoje seu peso me esmaga, sua amargura faz o meu tormento, sua lembrança me persegue e me dilacera. Pecados graves perdoados, mas não expiados; faltas leves, só muito tarde eu compreendo agora a vossa malícia!
Ah! se eu pudesse voltar à vida... nenhuma promessa, por fascinante que fosse, nenhuma honra, nenhum prazer, nenhuma palavra sedutora seria capaz de me incitar a cometer o pecado.
Vós que ainda tendes a liberdade de escolher entre Deus e o mundo, contemplai os flagelos, os espinhos, a cruz, que torturaram Jesus; eles vos dirão o que nossos pecados lhe custaram.
Pensai nos arrependimentos tardios e dolorosos que haveis de ter de vossas faltas no Purgatório, e nada vos custará confessar, no Sacramento da Penitência, todas as do passado, para sofrer no presente a pena que ainda lhes é devida, e para evitá-las no futuro.
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