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Povo de Deus, este Blog tem a intencão de divulgar a devoção a Nossa Senhora da Rosa Mística. Que Maria abençoe a todos com suas graças e muitos dons para podermos evangelizar e colocar no caminho da salvação nossos irmãos queridos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MEDITAÇÕES PARA A 4ª PARTE DA CONSAGRAÇÃO TOTAL A MARIA

MEDITAÇÃO
27º DIA
    Jesus Cristo, nosso Salvador, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, deve ser o fim último de todas as nossas devoções; de outro modo, elas serão falsas e enganosas.
    Jesus Cristo é o alfa e o ômega , o princípio e o fim de todas as coisas. Nós só trabalhamos, como diz o apóstolo, para tornar todo homem perfeito em Jesus Cristo, pois é em Jesus Cristo que habita toda a plenitude da Divindade e todas as outras plenitudes de graças, de virtudes, de perfeições; porque nele somente fomos abençoados de toda a bênção espiritual; porque é nosso único mestre que deve ensinar-nos, nosso único Senhor de quem devemos depender, nosso único chefe ao qual devemos estar unidos, nosso único modelo, com o qual devemos conformar-nos, nosso único médico que nos há de curar, nosso único pastor que nos há de alimentar, nosso único caminho que devemos trilhar, nossa única verdade que devemos crer, nossa única vida que nos há de vivificar, e nosso tudo em todas as coisas, que deve bastar-nos.
    Abaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos. Deus não nos deu outro fundamento para nossa salvação, nossa perfeição e nossa glória, senão Jesus Cristo. Todo edifício cuja base não assentar sobre esta pedra firme, estará construído sobre areia movediça, e ruirá fatalmente, mais cedo ou mais tarde.
    Por Jesus Cristo, com Jesus Cristo, em Jesus Cristo, podemos tudo: render toda a honra e glória ao Pai, em unidade do Espírito Santo e tornar-nos perfeitos e ser para nosso próximo um bom odor de vida eterna.
    Se estabelecermos, portanto, a sólida devoção à Santíssima Virgem, teremos contribuído para estabelecer com mais perfeição a devoção a Jesus Cristo, teremos proporcionado um meio fácil e seguro de achar Jesus Cristo; como já fiz ver e farei ver, ainda, nas páginas seguintes, esta devoção só nos é necessária para encontrar Jesus Cristo, amá-lo ternamente e fielmente servi-lo. (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 61)

28º DIA
    Quando Jesus acabou todos esses discursos, disse a seus discípulos: Sabeis que daqui a dois dias será a Páscoa, e o Filho do Homem será traído para ser crucificado.
    Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados. Digo-vos: doravante não beberei mais desse fruto da vinha até o dia em que o beberei de novo convosco no Reino de meu Pai.
    Retirou-se Jesus com eles para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes, então: Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo. Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres. Foi ter então com os discípulos e os encontrou dormindo. E disse a Pedro: Então não pudestes vigiar uma hora comigo... Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca. Afastou-se pela segunda vez e orou, dizendo: Meu Pai, se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade! Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Voltou então para os seus discípulos e disse-lhes: Dormi agora e repousai! Chegou a hora: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores... Levantai-vos, vamos! Aquele que me trai está perto daqui. (Mt 26, 1-2; 26-29; 36-46)

29º DIA
Da imitação de Cristo e do desapego das vaidades do mundo
    "Quem me segue não anda em trevas" (Jo 8,12). São palavras de Cristo, com as quais nos admoesta que imitemos sua vida e costumes, se quisermos verdadeiramente ser esclarecidos e livres de toda a cegueira de coração.
    Seja, pois, nosso principal desempenho meditar a vida de Jesus Cristo.
    A sua doutrina excede a de todos os santos; e quem possuir o seu espírito, nela achará o maná escondido.
    Acontece, porém, que muitos, ainda que amiúde ouçam o Evangelho, sentem nele pouco gosto e tiram pouco proveito, porque não têm o espírito de Cristo.
    Quem quiser compreender com satisfação e proveito as palavras de Jesus Cristo, deve conformar sua vida com a dele.
    Que te aproveita discorrer com sabedoria sobre a Trindade, se não és humilde, e por isso lhe desagradas?
    A verdade é que não são palavras sábias que fazem o homem santo ou justo, mas sim é a vida virtuosa que o faz agradável a Deus.
    É preferível sentir a compunção do que saber defini-la.
    Ainda que soubesses de cor toda a Bíblia e os ditos de todos os filósofos, que te aproveitaria tudo isto sem o amor e a graça de Deus?
    Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, exceto amar a Deus e só a Ele servir (Ecl.1,2).
    A suma sabedoria é, pelo desprezo do mundo, caminhar para o reino dos céus. (Imitação de Cristo, Livro I, capítulo I, 1-3)

30º DIA
    Sentaram-se e montaram guarda. Por cima de sua cabeça penduraram um escrito trazendo o motivo de sua crucificação: Este é Jesus, o rei dos judeus. Ao mesmo tempo foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda.
    Os que passavam o injuriavam, sacudiam a cabeça e diziam: Tu, que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!
    Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos também zombavam dele: Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é rei de Israel, desça agora da cruz e nós creremos nele! Confiou em Deus, Deus o livre agora, se o ama, porque ele disse: Eu sou o Filho de Deus! E os ladrões, crucificados com ele, também o ultrajavam. (Mt 27, 36-44)
    A muitos parecem duras estas palavras do Salvador: "Renuncia a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me" (Lc 9,23). Porém, muito mais duras parecerão aquelas que Ele pronunciará no dia do juízo: "Apartai-vos de mim, malditos, ide para o fogo eterno! (Mt 25,41).
    Os que agora ouvem e seguem de boa vontade a palavra da cruz, não temerão então a sentença da eterna condenação.
    "Este sinal da cruz aparecerá no céu quando o Senhor vier a julgar" (Mt 24,30).
    Então todos os servos da cruz, que se conformaram na vida com Cristo crucificado, se achegarão a Cristo Juiz com grande confiança.
    Por que temes, pois, tomar a cruz, pela qual se vai ao céu?
    Na cruz estão a salvação e a vida, na cruz a proteção contra nossos inimigos.
    Da cruz manam as suavidades celestiais; na cruz estão a fortaleza da alma, a alegria do coração, o compêndio da virtude, a perfeição da santidade.
    Não há salvação da alma, nem esperança da vida eterna, senão na cruz.
    Toma, pois, a tua cruz, segue a Jesus e chegarás à vida eterna.
    Este Senhor foi adiante, levando às costas a sua cruz; e nela morreu por ti, para que tu leves também a tua, e nela desejes morrer.
    "Porque se morreres com Ele, também com Ele viverás" (Rm 6,8); e se fores seu companheiro nos trabalhos, o serás também na glória. (Imitação de Cristo, Livro II, Cap XII, 1-2)

31º DIA
Deus manifesta ao homem sua bondade e seu amor no sacramento da Eucaristia
    Senhor, confiado em vossa bondade e misericórdia infinita, venho a Vós como enfermo ao médico; como faminto sequioso, à fonte da vida; como pobre, ao rei do céu; como escravo ao Senhor soberano; como criatura ao meu Criador; como aflito, a meu piedoso consolador.
    Mas donde me vem, meu Deus, a graça de virdes a mim? Quem sou eu para que Vós mesmo vos deis a mim? Como se atreve o pecador a aparecer em vossa presença? Como Vos dignais de ouvir o pecador?
    Vós conheceis vosso servo e sabeis que não há em mim bem algum que mereça esta graça. Confesso, pois, minha vileza, reconheço vossa bondade, louvo vossa piedade e vos dou graças por vossa caridade infinita. (Imitação de Cristo, Livro IV, Cap II, 1-2)
    Os que tomarem esta santa escravidão terão uma devoção especial pelo mistério da Encarnação do Verbo, a 25 de março , que é o mistério adequado a esta devoção, pois que esta devoção foi inspirada pelo Espírito Santo: 1° para honrar e imitar a dependência em que Deus Filho quis estar de Maria, para glória de Deus seu Pai e para nossa salvação; dependência que transparece particularmente neste mistério em que Jesus Cristo se torna cativo e escravo no seio de Maria SS., aí dependendo dela em tudo; 2° para agradecer a Deus as graças incomparáveis que concedeu a Maria, principalmente por tê-la escolhido para sua Mãe digníssima, escolha feita neste mistério. São estes os dois fins principais da escravização a Jesus Cristo em Maria
    Visto estarmos num século orgulhoso, em que pululam os sábios enfatuados, os espíritos fortes e críticos, que sempre acham o que falar das mais sólidas e bem estabelecidas práticas de piedade, é preferível, para evitar-lhes ocasião de crítica desnecessária, dizer "escravidão de Jesus em Maria" e dizer-se "escravo de Jesus Cristo" do que escravo de Maria. Assim a denominação desta devoção será dada antes pela sua finalidade, Jesus Cristo, que pelo caminho e meio para atingir este fim, Maria Santíssima. Pode-se, entretanto, usar uma ou outra sem o menor escrúpulo, como eu faço.
    Como o principal mistério que se celebra e honra nesta devoção é a mistério da Encarnação, no qual só se pode contemplar Jesus em Maria, e encarnado em seu seio, é mais adequado dizer-se "a escravidão de Jesus em Maria", de Jesus residindo e reinando em Maria, conforme a bela oração de tantos homens célebres: "Ó Jesus vivendo em Maria, vinde e vivei em nós, em vosso espírito de santidade", etc.
    Os que adotarem esta escravidão terão grande devoção ao recitar a Ave-Maria, ou a Saudação Angélica, da qual bem poucos cristãos, mesmo esclarecidos, conhecem o valor, o mérito, a excelência e a necessidade. Foi preciso que a Santíssima Virgem aparecesse várias vezes a grandes santos muito doutos, para demonstrar-lhes o mérito desta pequena oração. (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 243, 245, 246, 249)

32º DIA
Do amor de Jesus sobre todas as coisas
    Bem-aventurado o que conhece o que é amar a Jesus e desprezar-se a si mesmo por amor de Jesus!
    Nosso amor para com ele deve apartar-nos de qualquer outro amor, porque Jesus quer ser amado sobre todas as coisas.
    O amor da criatura é enganoso e mutável, o amor de Jesus é fiel e constante.
    O que se prende à critura cairá com ela; o que se abraça com Jesus estará firme para sempre.
    Ama e tem por amigo aquele que não te faltará quando todos te desampararem, nem te deixará perecer quando chegar o fim da vida.
    De todos hás de te separar um dia, queiras ou não queiras. (...)
    Teu amado é de tal condição que não quer admitir companhia no amor; ele só, quer possuir teu coração e nele reinar como soberano em seu trono.
    A experiência te mostrará que toda a afeição que não puseres em Jesus, mas nos homens, é perdida (Imitação de Cristo, Livro II, Capítulo VII, 1-2)
    Eis aqui algumas práticas interiores assaz santificantes para aqueles chamados pelo Espírito Santo a mais alta perfeição. Consiste, em quatro palavras, em fazer todas as suas ações por Maria, com Maria, em Maria e para Maria, a fim de fazê-las mais perfeitamente por Jesus, com Jesus, em Jesus e para Jesus.
    É preciso fazer todas as ações por Maria, quer dizer, em todas as coisas obedecer à Santíssima Virgem, e em tudo conduzir-se por seu espírito, que é o santo espírito de Deus. São filhos de Deus os que se conduzem pelo espírito de Deus (Rm 8, 14). E os que pautam sua conduta pelo espírito de Maria são filhos de Maria e, por conseguinte, filhos de Deus, como já demonstramos; entre tantos devotos da Santíssima Virgem, só os que se conduzem por seu espírito é que são devotos verdadeiros e fiéis. Disse que o espírito de Maria é o espírito de Deus, porque ela jamais se conduziu por seu próprio espírito, e sempre pelo espírito de Deus, e este de tal modo a dominou que acabou tornando-se seu próprio espírito.
    Quão feliz é uma alma quando, a exemplo do bom irmão jesuíta Rodríguez, falecido em odor de santidade, é toda possuída e governada pelo espírito de Maria, que é um espírito suave e forte, zeloso e prudente, humilde e corajoso, puro e fecundo!
    É mister fazer todas as ações com Maria, isto é, em todas as ações olhar Maria como um modelo acabado de todas as virtudes e perfeições, que o Espírito Santo formou numa pura criatura, e imitá-lo na medida de nossa capacidade. Cumpre, portanto, que, em cada ação, consideremos como Maria a fez ou faria se estivesse em nosso lugar. Devemos, por isso, examinar e meditar as grandes virtudes que ela praticou durante a vida, especialmente 1° sua fé viva, pela qual creu fiel e constantemente até ao pé da cruz, sobre o Calvário; 2° sua humildade profunda que a levou a esconder-se, a calar-se, a submeter-se a tudo e a colocar-se em último lugar. (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 257, 258, 260)

33º DIA
Que o corpo de Jesus Cristo e a Sagrada Escritura são de grande necessidade à alma fiel
    Ó dulcíssimo Jesus, que delícias inundam a alma fiel admitida ao Vosso banquete, onde se lhe não apresenta outro alimento senão Vós mesmo, seu único amado, o mais caro objeto de seus desejos!
    Oh! quão suave seria para mim derramar em vossa presença copiosas lágrimas de amor e regar com elas vossos divinos pés como a Madalena? Mas onde se achará esta devoção tão viva, esta efusão tão copiosa de santas lágrimas?
    Na verdade, o meu coração deveria abrasar-se em lágrimas de gosto diante de Vós e dos vossos santos anjos; pois que em vosso sacramento, Vos tenho verdadeiramente presente, posto que oculto debaixo das espécies sacramentais.
    Meus olhos não poderiam suportar o resplendor da vossa luz divida e o mundo inteiro se esvaeceria em vossa presença se aparecêsseis com toda a majestade de vossa glória. É, pois, por uma graça que fazeis à minha fraqueza que vos escondeis nesse Sacramento. (Imitação de Cristo, Livro IV, Capítulo XI, 1-2)
    É preciso fazer todas as ações em Maria. A Santíssima Virgem é o verdadeiro paraíso terrestre do novo Adão, de que o antigo paraíso terrestre é apenas a figura. Há, portanto, neste paraíso terrestre, riquezas, belezas, raridades e doçuras inexplicáveis, que o novo Adão, Jesus Cristo, aí deixou. Neste paraíso ele pôs suas complacências durante novos meses, aí operou suas maravilhas e aí acumulou riquezas com a magnificência de um Deus.
    É neste paraíso terrestre que está em verdade a árvore da vida que produziu Jesus Cristo, o fruto de vida; a árvore da ciência do bem e do mal, que deu a luz ao mundo. Há, neste lugar divino, árvores plantadas pela mão de Deus e orvalhadas por sua unção divina, árvores que produziram e produzem, todos os dias, frutos maravilhosos dum sabor divino O Espírito Santo, pela boca dos Santos Padres, chama também a Santíssima Virgem a porta oriental, por onde o sumo sacerdote Jesus Cristo entra e vem ao mundo (cf. Ez 44, 2-3) ; por ela entrou da primeira vez, e por ela virá da segunda.
    É preciso fazer finalmente todas as ações para Maria. Não a tomamos, porém, como fim último de nossos serviços; que é somente Jesus Cristo, mas como fim próximo, intermédio misterioso, e o meio mais fácil de chegar a ele. É preciso que não fiquemos ociosos, e sim que, apoiados por sua proteção; empreendamos e realizemos grandes coisas para tão augusta Soberana. É preciso defender seus privilégios quando alguém lhos disputar; sustentar sua glória, quando alguém a atacar: atrair todo o mundo, se for possível, ao seu serviço e a esta verdadeira e sólida devoção; falar, clamar contra todos os que abusem de sua devoção para ultrajar seu Filho; e ao mesmo tempo estabelecer esta verdadeira devoção.
    E como recompensa destes pequenos serviços, não devemos pretender mais que a honra de pertencer a uma Princesa tão amável, e a felicidade de, por meio dela, ficarmos unidos a Jesus Cristo, seu Filho, com um liame indissolúvel no tempo e na eternidade. (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 261, 262, 265)

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