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segunda-feira, 27 de maio de 2013

22 De Maio - Santa Rita de Cássia, Santa dos Impossíveis



Rita nasceu na Úmbria, bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cássia (Província de Perugia) em Itália no dia 22 de maio de 1381. Seus pais, António Mancini e Amata Serri, ambos católicos praticantes, já eram de idade provavelmente avançada e casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia. 
Conta uma história que, certa vez, seus pais levaram-na para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até á menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas. Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.
O CASAMENTO FORÇADO E INFELIZ
Foi num lar católico que Rita cresceu. António e Amata educaram-na na fé em casa, e ensinaram-na a rezar. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado. 
Na adolescência aos 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se casasse.
Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais obrigaram-na a renunciar ao seu desejo de se entregar á religião e se fechar num convento, para aceitar abraçar o matrimónio com um jovem rapaz da religião, tido como violento, chamado Paulo Ferdinando. Rita foi obediente, casou-se. Ele embriagava-se com frequência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Rita. Houve uma ocasião em que Rita esteve à beira da morte de tanto levar do marido. Foram muitas as vezes em que Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo pela conversão. Durante o seu matrimónio, Santa Rita de Cássia era uma mulher doce, preocupada com o bem-estar de seu marido. Mesmo consciente de seu carácter violento, sofria, mas rezava em silêncio, oferecia tudo a Deus. A bondade de Santa Rita de Cássia era tão aparente que seu marido foi contagiado por ela. Passado um tempo, e perseverando Rita na oração pelo seu marido, Paulo Ferdinando caiu aos seus pés, pediu perdão a ela e a Deus, e mudou sua vida e seus costumes. Rita feliz, agradeceu a graça recebida. Rita e Paulo Ferdinando tiveram dois filhos: Tiago António e Paulo Maria. Ambos foram educados na fé por seus pais e, com Rita, constantemente saíam de casa para visitar os enfermos e os pobres.

SOFRIMENTO DESDE JOVEM

Em 1402 morreram António e Amata, pais de Rita. Seu pai morreu a 19 de Março e sua mãe no dia 25 do mesmo mês, com 90 anos. 
Logo depois, alguns antigos inimigos de Paulo Ferdinando, por vingança assassinaram-no. Os filhos, já crescidos, e influenciados por amigos, planearam vingar a morte do pai. 
Rita, ao saber do desejo dos filhos Rezou, pedindo a Deus que tirasse este desejo do coração de seus filhos, ou, se fosse vontade divina, que os levasse para a glória do Céu para obterem a salvação, mas que não fossem assassinos. Deus ouviu suas preces, ambos adoeceram, e Rita cuidou deles com amor. Depois de pouco tempo, Tiago António e Paulo Maria morreram. 
A mãe carregou no coração a grande dor da perda dos pais, do marido e dos filhos sem perder a fé. Perdoou publicamente os assassinos de Paulo Fernando.
A SOLIDÃO NO MUNDO
Sozinha no mundo, Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres. Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceite. Provavelmente, por ser viúva e não ser mais virgem. As irmãs tinham medo também dos inimigos de Paulo Fernando, já que eles continuavam a ameaçar Rita. Por três vezes Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. Rita vivia em casa, sozinha.

MOSTEIRO DAS IRMÃS AGOSTINIANAS

Rita vivia em casa, sozinha mas como se estivesse no mosteiro. Num dia, á noite em profunda oração, ouviu um chamado: "Rita! Rita!". Abriu a porta e eram três homens que foram a sua casa. Ao acolhê-los, ela os reconheceu. Eram os seus três santos protetores: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Levantou-se e seguiu seus santos protetores. Era noite, e a porta do convento estava fortemente trancada. Eles então levaram-na ao interior do mosteiro das agostinianas, em Cássia. Ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando, sendo que a porta estava fechada. As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasmadas com a presença de Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus que a destinava à vida religiosa, receberam-na na Ordem. Há quem veja o acontecimento afirmado que, ao ser aceite no mosteiro, Rita atribuiu a graça aos seus santos protetores. No mosteiro, Rita mostrou-se serviçal e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. 
Mesmo no mosteiro, continuou a sair para visitar os enfermos e os pobres. Enfrentou dificuldades e tentações; a tudo superou na força da fé.

OBEDIÊNCIA TAMBÉM NO CONVENTO.

Consciente de que obedecendo à superiora, obedeceria a Jesus. Certo dia, a superiora, para pô-la a prova, pediu-lhe que, todos os dias, regasse um galho seco pela manhã e à tarde. 
Em sinal de obediência, Rita o fez com todo o carinho e, tempos depois, milagrosamente, o galho seco transformou-se numa bela videira. Esta ainda existe, em Cássia, e continua a produzir uvas. 
No ano de 1443, Tiago della Marca- depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus.
Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão do Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacou e feriu profundamente sua testa, e ela desmaiou. Ao acordar, tinha uma ferida na testa. Com o tempo, essa ferida tornou-se malcheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo.
O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Rita. Muitos iam até ela e pediam a sua intercessão, e eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade espalhou-se pela região.

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