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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Tratado da Verdadeira Devoção a Maria (235-240)

III. Uso das Cadeiazinhas

236. Terceira prática. É muito louvável, muito glorioso e útil para aqueles e aquelas que assim se fazem escravos de Jesus em Maria, que usem umas cadeiazinhas de ferro. Estas ser-lhes-ão um sinal da sua Escravidão de Amor, e serão bentas com uma bênção própria. Estes sinais exteriores não são, na verdade, tão essenciais, e uma pessoa pode passar bem sem eles, embora se tenha abraçado a esta Devoção. Mas os escravos de amor sacudiram as cadeias vergonhosas da escravidão do demônio, a que o pecado original e talvez os pecados atuais os tinham reduzido. Por isso não posso deixar de louvar aqueles e aquelas que se sujeitaram voluntariamente à gloriosa escravidão de Jesus Cristo, e se gloriam, com São Paulo, de estar em cadeias por amor de Jesus Cristo (Ef 3, 1). Estas cadeias são mil vezes mais preciosas, embora de ferro e sem brilho algum, que todos os colares de ouro dos imperadores. 

237. Ainda que outrora não houvesse nada de mais difamante do que a Cruz, no presente é esse madeiro o que há de mais glorioso no Cristianismo. O mesmo se diga dos ferros da escravidão. Entre os antigos e, mesmo hoje, entre os pagãos, nada há de mais ignominioso. Mas para os cristãos não há nada mais ilustre do que essas cadeias de Jesus Cristo. Elas livram-nos e preservam-nos dos infames laços do pecado e do demônio. Colocam-nos em liberdade e ligam-nos a Jesus e a Maria, não por imposição e por força como se faz a forçados, mas por caridade e amor, como a filhos. “Atrai-los-ei com cadeias de caridade”, diz Deus pela boca dum profeta (Os 11, 4) . Estas cadeias são, por conseguinte, fortes como a morte, e, de certo modo, mais fortes ainda nas pessoas que forem fiéis em usar estes gloriosos sinais até a morte. Pois, embora a morte destrua seus corpos, reduzindo-os à podridão, não destruirá esses laços da sua escravidão, já que sendo de ferro, não se corrompem facilmente. E talvez no dia da ressurreição da carne, no grande momento do juízo final, essas cadeias, que lhes ligarão ainda os ossos, constituam parte da sua glória e sejam transformadas em gloriosas cadeias de luz. Felizes, portanto, mil vezes felizes, os ilustres escravos de Jesus em Maria, que usarem estas cadeias até a sepultura!

238. Eis as razões por que se usam estas cadeiazinhas: A primeira razão é para que o cristão se lembre dos votos e promessas do seu Batismo; para que se recorde da renovação perfeita que deles fez, por meio desta Devoção, e da estreita obrigação em que está de lhes ser fiel. O homem conduz-se, muitas vezes, mais pelos sentidos do que pela fé pura, e esquece-se facilmente das suas obrigações para com Deus, se não houver qualquer coisa exterior que lhas faça lembrar. Ora, estas cadeiazinhas servem maravilhosamente para lembrar ao cristão as cadeias do pecado e da escravidão do demônio, de que o Batismo o livrou. Lembram também a dependência de Jesus Cristo em que o homem se colocou pelo Santo Batismo, bem como a ratificação que dela fez ao renovar as suas promessas. Uma das razões por que tão poucos cristãos pensam nas promessas do seu Santo Batismo e vivem tão livremente como se nada tivessem prometido a Deus, como os pagãos, é que não trazem nenhum sinal exterior que os faça lembrar disso.

239. A segunda razão é para mostrar que não nos envergonhamos de ser escravos e servos de Jesus Cristo, e que renunciamos à funesta escravidão do mundo, do pecado e do demônio. Uma outra razão é para servirem de garantia e preservação contra as cadeias do pecado e do demônio. Pois temos de trazer ou as cadeias da iniquidade, ou as cadeias da caridade e da salvação.

240. Ah! Meu querido irmão, quebremos as cadeias do pecado e dos pecadores, do mundo e dos mundanos, do demônio e dos seus sequazes, e “lancemos para longe de nós o seu jugo funesto” (Sl 2, 3). Para me servir das palavras do Espírito Santo: “Ponhamos os pés nos Seus gloriosos ferros, e o pescoço nos Seus grilhões” (Eclo 6, 25). “Curvando os ombros, levemos a Sabedoria, que é Jesus Cristo, sem aborrecermos as suas cadeias” (Eclo 6, 26). Note-se que antes de dizer estas palavras, o Espírito Santo vai preparando a alma, para que não venha a rejeitar este importante conselho. Eis as
suas palavras: “Ouve, meu filho, e recebe um conselho de sabedoria, e não rejeites o meu conselho (Eclo 6, 24).

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