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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A oração do Filho tornou-se a oração dos filhos (Lucas 11,1-4)

Hoje, ousamos fazer a Jesus o mesmo pedido: “Senhor, nos ensine a orar como João ensinou seus discípulos!” E ficamos à espera de que Ele sussurre aos ouvidos do nosso coração as mesmas palavras daquele dia: “Quando rezardes, dizei: Pai Nosso”.
“Pai Nosso que estais nos céus”. Nas religiões antigas não era muito habitual dirigir-se a Deus como Pai. Mas, no Antigo Testamento, Deus era invocado com esse título, dada a Sua relação especial com Israel, salvo da escravidão e protegido com evidentes sinais de intervenções divinas. Jesus é o Filho de Deus. Aqueles que O seguem participam dessa filiação divina. Por isso, podem chamá-lO de Pai, abbá, ou seja, papá, paizinho, pai querido.
“Santificado seja o vosso nome”. Na linguagem bíblica, o nome é a pessoa. Invocar o nome de Deus é invocar a Deus. Se Deus é o Santo por excelência, que significa pedir que seja santificado? Significa pedir que Ele se manifeste, dê-se a conhecer e cumpra Suas promessas. Significa também pedir que a nossa vida cristã coerente leve outros à fé. Uma vida cristã incoerente pode levar à blasfêmia do nome de Deus.
“Venha a nós o vosso reino”. O reino ou reinado de Deus significa a nova ordem ou estado das coisas, na qual a Sua soberania é reconhecida e aceita. Este reino é atual e presente a partir da presença de Jesus. Mas pede-se o Seu reconhecimento no presente, e a Sua plena revelação no futuro.
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Pede-se a Deus para satisfazer as necessidades de cada dia e, provavelmente, o pão que é o próprio Cristo assimilado pela fé, o pão da Eucaristia.
“Perdoai-nos as nossas faltas”. Todos temos faltas para com Deus, isto é, culpas ou pecados, uma vez que não lhe somos sempre fiéis. Mas o perdão que pedimos é condicionado ao perdão que concedemos – ou não! – aos nossos “devedores”.
“Não nos deixeis cair em tentação”. Aqui, tentação significa provação. Seremos julgados tendo em conta as nossas reações às provações da nossa vida.
“Livrai-nos do mal”. Há duas formas de traduzir esta petição: livrai-nos do mal ou livrai-nos do maligno. Nos tempos de Jesus, considerava-se que o maligno, o demônio, estava por trás de qualquer mal. Hoje não se pensa assim. Mas o confronto com o demônio é algo que faz parte da nossa experiência.
O ensinamento de Jesus é de rezar bem e sempre. A Bíblia nos diz: “Quem pede com persistência recebe; quem bate com insistência, abrir-se-lhe-á a porta; rezai para não cairdes em tentação; buscai primeiro lugar o reino do céu e a sua justiça e o resto vos será dado por acréscimo”.
O Pai Nosso é a oração de Jesus. Rezá-lo é comungar com a oração do nosso Salvador. A oração do Filho tornou-se a oração dos filhos. Há que reaprender a rezá-lo com a emoção com que o rezam os recém-batizados nos primeiros tempos da Igreja. Há que rezá-lo, quanto isso for possível, com a emoção e o afeto com que o rezava o Filho de Deus feito homem.
Jesus nos ensina que – no nosso diálogo com o Pai – podemos enfrentar muitas tentações e que o silêncio de Deus pode nos parecer distante até ao ponto de levantar os olhos e gritar: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” ou “Se for possível afasta de mim este cálice!” Mas não podemos desfalecer. Em tudo devemos gritar: Pai Nosso que estás no céu!

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