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Povo de Deus, este Blog tem a intencão de divulgar a devoção a Nossa Senhora da Rosa Mística. Que Maria abençoe a todos com suas graças e muitos dons para podermos evangelizar e colocar no caminho da salvação nossos irmãos queridos.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Tratado da Verdadeira Devoção a Maria (173-175)

ARTIGO OITAVO 

Esta Devoção é um meio admirável de perseverança

173. Oitavo motivo. Enfim, o que de certo modo nos impelirá mais fortemente ainda para esta Devoção à Santíssima Virgem é ser ela o meio admirável para perseverarmos na virtude e sermos fiéis. Por que é que a maior parte das conversões dos pecadores não são duradouras? Por que recaem eles tão facilmente no pecado? Por que é que a maior parte dos justos, em vez de ir de virtude em virtude e de alcançar novas graças, perdem muitas vezes as poucas virtudes e graças que possuem? Esta desgraça provém, como já acima mostrei (nn. 87-89), de que estando o homem tão corrompido, tão fraco e inconstante, se fia em si próprio, se apóia nas suas próprias forças e se julga capaz de guardar o tesouro das suas graças, virtudes e méritos. Por meio desta Devoção, confiamos à Santíssima Virgem - e sabemos como Ela é fiel - tudo o que possuímos. Tomamo-la como depositária universal de todos os nossos bens da natureza e da graça. Confiamo-nos à sua fidelidade, apoiamo-nos no seu poder e fundamo-nos na sua misericórdia e caridade, a fim de que conserve e aumente as nossas virtudes e méritos, apesar dos esforços que o demônio, o mundo e a carne fazem para no-los roubar. Dizemos-lhe como um bom filho à sua mãe e um fiel servo à sua senhora: “Guardai o meu depósito!” (1 Tm 6, 20). Minha boa Mãe e Senhora, reconheço que, por Vossa intercessão, recebi até hoje mais graças de Deus do que merecia. A minha triste experiência me ensina que trago este tesouro num vaso muito frágil, e que sou demasiado fraco e miserável para o conservar em mim: “Sou novo e desprezado” (Sl 118, 141). Recebei, por favor, em depósito, tudo quanto possuo, e conservai-mo por Vossa fidelidade e poder. Se me guardardes, nada perderei; se me sustentardes, não hei de cair; se me protegerdes, estarei ao abrigo dos meus inimigos.

174. É o que diz São Bernardo, em termos formais, para nos inculcar esta prática: “Quando Ela vos sustém, não caís, quando vos protege, nada temeis; quando vos conduz, não vos cansais; quando vos é favorável, chegais ao porto da salvação.” São Boaventura parece dizer-nos a mesma coisa em termos ainda mais formais: “A Santíssima Virgem, diz ele, não é apenas detida na plenitude dos santos, mas Ela retém e guarda os santos na plenitude deles, para que esta não diminua. Impede que as suas virtudes se dissipem, que os seus méritos pereçam, que se percam as suas graças, e que os demônios lhes façam mal. Enfim, impede que Nosso Senhor os castigue quando pecam.”

175. A Virgem Santíssima é a Virgem Fiel que, pela sua fidelidade a Deus, repara as perdas causadas pela infiel Eva por sua infidelidade. Obtém de Deus a fidelidade e a perseverança para todos os que se lhe dedicam, pelo que um santo a compara a uma âncora firme, que os retém e impede de naufragar no meio do mar agitado deste mundo, onde tantos perecem por se não segurarem a esta âncora sólida. “Nós ligamos as almas à Vossa esperança, como a uma âncora firme” (São Boaventura). Foi a Ela que os santos que se salvaram mais se amarraram e mais amarraram os outros, para perseverar na virtude. Felizes, pois, mil vezes felizes os cristãos que agora se agarram fiel e inteiramente a Maria, como a uma âncora firme. As investidas das tempestades deste mundo não os farão soçobrar, nem perder os seus tesouros celestes. Felizes os que se acolhem a Ela, como à arca de Noé! As águas do dilúvio do pecado, que afogam a tantos, não os prejudicarão, porque, repete a Santíssima Virgem com a Sabedoria: “Aqueles que em mim trabalham na sua salvação, não pecarão” (Eclo 24, 30). Felizes os pobres filhos da infeliz Eva, que se ligam à Mãe e Virgem Fiel, que sempre permanece fiel e nunca se desmente: “Ela permanece fiel, não podendo negar-se a si mesma” (2 Tm 2, 13). Ela ama sempre os que a amam (Pr 8, 17), com um amor não apenas afetivo, mas efetivo e eficaz, porque os impede, por meio de graças abundantes, de recuar na virtude, ou de cair no caminho, perdendo a graça de seu Filho.

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